segunda-feira, 30 de abril de 2007

sexta-feira, 27 de abril de 2007

100

Desde Janeiro de 2007 já acompanhámos 100 mães novas!!!

Lá, onde a vida se joga...

por Rui Corrêa de Oliveira *

É lá, onde a vida se joga que nós estamos. Diante da Irene que nos apareceu de cara assustada, tremendo de medo, confusa, baralhada, desesperada… Tinha sabido que estava grávida outra vez, havia uma semana. O companheiro perdeu a cabeça e insultou-a, acusando-a de ser a culpada por não ter tomado a pílula. A solução era só uma: «abortar e pronto! É pegar ou largar: ou despachas isso ou vai à tua vida, que eu não estou para aturar desleixadas». «Não, abortar, não! Mas sozinha que hei-de fazer?» À Mãe a quem recorreu, encontrou bêbeda, meio adormecida sobre a mesa da cozinha, que é sala e que é quarto, naquele barraco húmido com vista para a pista da Portela. Passou os dias com a angústia da hora da chegada a casa do companheiro. Passou as noites encolhida a um canto da cama com medo que ele lhe tocasse. Sem saber para onde se virar foi até ao Centro, pedir ajuda à assistente social. Foi a primeira pessoa que a ouviu, foi o primeiro olhar que a olhou como gente, foi a primeira vez, desde o começo do pesadelo, que alguém parou diante dela para pensar na sua vida e na sua condição. Foi então que ouviu falar de nós. Talvez a pudéssemos ajudar…

Foi a tremer que nos ligou pelo número grátis. Marcou lá ir no dia seguinte… e ali estava ela, sempre a tremer. O primeiro quarto de hora foi feito de silêncio e monossílabos, incapaz de alinhavar uma frase. A custo foi acalmando… a pouco e pouco descreveu a sua história e a sua situação. Já não regressou a casa. Nesse dia foi na nossa Casa de Acolhimento que pela primeira vez conseguiu dormir de um sono só. Depois, foi o lento reconstruir de uma personalidade desmantelada. Exames médicos, acompanhamento psicológico e companhia humana. Enquanto avançava a sua gravidez foi percebendo que havia vida para além do horizonte de fome e violência a que estava habituada. Seis meses depois nascia o Daniel! Um ano depois aprendera as “artes da casa”, sabia cozinhar e passar a ferro e já era capaz de ajudar no cabeleireiro onde arranjara emprego. Entrou de “porteira” num prédio das avenidas novas, tinha um quarto para si e para o Daniel, cozinha e casa-de-banho. Renascera para a vida e para o mundo, um mundo novo e diferente onde a vida é possível, com dignidade e futuro. Um dia, o Daniel haveria de ser homem, aquele mesmo que esteve para acabar numa hemorragia provocada. A história desta Irene é uma história feita de mil histórias verdadeiras, mil vidas reais, mil dramas autênticos.

É aqui, onde a vida se joga, paredes-meias com a morte, que nós estamos, porque acreditamos que a vida é possível se nos deixarem ajudar as “Irenes” desta cidade com quem nos cruzamos sempre distraídos e sempre apressados.

É o que fazemos em cada dia... todos os dias... se nos ajudarem a ajudar.
* presidente do PAV - 2003 a 2007

terça-feira, 10 de abril de 2007

o dia de hoje

1000
mães acompanhadas pelo PAV
desde 1998

sábado, 7 de abril de 2007

Voluntários no PAV

O PAV precisa sempre de voluntários. Gente disponível para ajudar em grandes ou pequenos serviços é imprescindível numa instituição como a nossa.

Quem quiser ser voluntário deve contactar-nos para o Gabinete do Lumiar ou para a Casa de Santa Isabel. Dessa maneira poderá receber informações mais detalhadas e verificar se o que pode fazer e o que precisamos se cruza.

Todos somos importantes. Num trabalho como este, em que se pretende ajudar mulheres e crianças, sem esquecer os pais, o mais importante é conseguirmos ter gente que envolva o ambiente onde se trabalha numa alegria que brota dum grande amor à vida.

Já pensou que talvez possa dar uma hora por semana? Ou passar uma noite em alerta para poder ajudar uma grávida? Ou apoiar as acções de formação...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Quantas vezes precisamos de ajuda???

O Ponto de Apoio à Vida nasceu para ajudar. As raparigas e as mulheres grávidas, muitas vezes, são confrontadas com um dilema: a criança que esperam é um dom, mas também assusta pensar no que implica a responsabilidade de a trazer à luz. Para que a beleza da maternidade seja possível ser vivida numa experiência feliz, pode ser importante pedir ajuda... existimos para isso.

Assistentes Sociais, Psicólogas, enfermeiras e médicos, advogados e tantos outros estão disponíveis.

Venha conhecer-nos...